quarta-feira, 25 de março de 2015

Opções criativas para espessar alimentos

Opções criativas para espessar alimentos de pacientes disfágicos









Alguns pacientes disfágicos necessitam ingerir alimentos apenas na consistência pastosa, a fim de evitar aspirações laringotraqueais (desvio do percurso do alimento, que deveria ir para o estômago, para as  vias respiratórias, onde deveria passar apenas ar).
Nesses casos, até mesmo a hidratação, feita comumente com líquidos, deve ser realizada na consistência pastosa. 
Para transformar os líquidos ralos (exemplo: água, suco, chá, leite, café...) em pastoso, geralmente fazemos uso de espessantes industrializados. Porém, alguns pacientes têm restrições ao seu uso, devido ao fato de prenderem o intestino, além do custo elevado.

Pensando nisso, posto abaixo algumas dicas de alternativas ao uso de espessante:

É possível usas linhaça, chia e quinoa para engrossar sucos e outros líquidos.


A chia deve ser usada hidratada, em água (uma colher de chia para dois dedos de água). Dessa maneira ela se transforma praticamente em uma gelatina, que pode ser misturada à sucos, vitaminas, etc.
Os demais ingredientes, linhaça e quinoa, podem ser triturados junto a sucos.


Outras dica é o uso de gelatina incolor para engrossar líquidos finos. Porém, nesse caso, deve-se lembrar que a gelatina vira líquido rapidamente em contato com a boca. Sendo assim, não pode ser usada para qualquer paciente disfágico.


Há também a opção de biomassa de banana, que além de espessante, ajuda no funcionamento do intestino, pela quantidade de fibras e de amido.

 
Espero que aproveitem bem as dicas de espessantes naturais!
Em breve postarei receitas onde poderemos utilizar esses espessantes!

terça-feira, 3 de março de 2015

REFLUXO GASTROESOFÁGICO

REFLUXO GASTROESOFÁGICO

O QUE É?
É quando o alimento volta do estômago para o esôfago. Acontece com todo mundo, mas muitas vezes a gente nem percebe. É considerado normal quando não é frequente e não causa complicações. Nos adultos, o refluxo é mais controlado porque o organismo possui um mecanismo de defesa que devolve o alimento novamente para o estômago antes de provocar irritações, náusea e vômito.

QUANDO APARECE?
50% dos bebês de 3 meses costumam ter pelo menos um episódio de regurgitação por dia. O pico é aos 4 meses, quando 67% dos bebês regurgitam ao menos uma vez por dia. Entre 4 e 6 meses o refluxo é mais comum, porque o bebê começa a se movimentar mais. Isso diminui naturalmente e só 5% das crianças de um ano sofrem com o problema.

POR QUE É COMUM EM BEBÊS?
O mecanismo que devolve o alimento do esôfago para o estômago está em desenvolvimento no primeiro ano de vida. A válvula, que faz a passagem da comida de um órgão para o outro (o esfíncter do esôfago), fica mais tempo relaxada e facilita o retorno do que foi ingerido. A alimentação e a posição também influenciam. O bebê toma muito líquido e fica a maior parte do tempo deitado. Conforme a criança se desenvolve e ingere alimentos mais sólidos, o refluxo tende a diminuir. Costuma ser mais frequente à noite, porque a criança está na posição horizontal e saliva menos.


PODE SER UMA DOENÇA?
O mais comum em bebês e crianças é o refluxo gastroesofágico fisiológico, que é natural, passageiro e não afeta o bem-estar. Se a criança ganha peso, não chora nem fica irritada, é porque não compromete o estado geral e emocional. Mas existe a doença do refluxo gastroesofágico, que pode ser causada por uma má-formação no aparelho digestivo ou por maus hábitos alimentares. Os sinais de alerta são dor, irritabilidade, recusa de alimentos, regurgitação frequente, vômitos e um ganho de peso baixo. A falta de tratamento pode causar irritação no esôfago, anemia e complicações respiratórias. Outra causa está ligada à obesidade. 

COMO CUIDAR E CONTROLAR?
No caso do refluxo comum, para diminuir o desconforto do seu filho você pode deixar seu bebê em posição vertical ao amamentar e fracionar as mamadas para não exagerar na quantidade de leite. Quando terminar de amamentar e de fazê-lo arrotar, mantenha-o de 20 a 30 minutos em pé, para que o leite desça, se acomode no estômago e facilite a digestão.
















Para crianças maiores, a recomendação é evitar alimentos gordurosos, ácidos, condimentados e apimentados, não comer em exagero e não ingerir líquidos junto com a comida, de 20 minutos antes ou entre uma e duas horas depois das refeições. Todos esses hábitos relaxam a válvula do estômago e facilitam a volta do alimento. Na hora de dormir, coloque seu filho mais na vertical e de barriga para cima. A elevação da cabeça com um travesseiro é recomendada. Já se o seu filho apresenta os sintomas da doença do refluxo gastroesofágico, procure o pediatra. Ele pode indicar desde o uso de medicamentos e acessórios, como cintos ou paraquedas, para sustentar a criança, até a necessidade de cirurgia.