sábado, 12 de março de 2016

- O que você faria se não pudesse falar??
- Ora, eu escreveria!
- E se não soubesse escrever????
- Eu sinalizaria, usaria gestos!
- E se ainda assim, apesar de todo o seu esforço o mundo ainda não compreendesse vc? Como se comportaria? Como expressaria seus desejos? Como protestaria?

É bem provável que a sensação de impotência para comunicar seus anseios e desejos mais simples faria você ter mudanças  comportamentais significativas: ansiedade, nervosismo, medo, e até agressividade.
É exatamente assim que se sente a pessoa que se encontra privada da capacidade de falar!

- Mesmo que esta pessoa nunca tenha falado antes? 
- Claro! 

Muitas vezes subvalorizamos a capacidade das pessoas que não se comunicam verbalmente, a ponto de achar que elas não tem uma linguagem compreensível. Expressões faciais, o jeito de olhar, gestos, e comportamentos ditos estranhos, expressam o sentir, o pensar, a ansiedade, o sofrimento, o ter desejos. É preciso ter olhos, ouvidos e sensibilidade para decodificar estas linguagens!

É neste incrível cenário de conflitos, emoções dúvidas, distúrbios de comportamentos, angústia e busca que se enquadram as famílias de pessoas com graves limitações de comunicação: Autismo, Síndromes, Psicoses Infantis, AVC seguido de perda ou alteração de compreensão e/ou expressão da fala, Gagueiras graves, entre outros.


A ajuda de um fonoaudiólogo é imprescindível neste momento. Na criança como forma de estimular o desenvolvimento de uma forma de linguagem e no adulto tentando a reabilitação ou a substituição da forma primordial de comunicação usada até o momento.

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