segunda-feira, 13 de abril de 2015

Distúrbio do Processamento Auditivo Central

O que é?


O DPAC é um problema reconhecido pela medicina há apenas 15 anos. O transtorno afeta a capacidade de compreensão do indivíduo. A pessoa detecta os sons normalmente, mas não os interpreta corretamente. Quando relegados à própria sorte, a alfabetização de crianças com esse distúrbio não é bem-sucedida, porque os estudantes não entendem o que o professor fala, não são capazes de escrever, interpretar textos e compreender o enunciado de problemas. No Brasil, pouquíssimos profissionais da saúde e da educação estão capacitados a lidar com o problema, deixando as crianças reféns da própria incapacidade e do desconhecimento alheio.


Sintomas:


Os principais sintomas do DPAC são a dificuldade de memória de curto prazo, falta de entendimento, pouca concentração e dificuldade ou incapacidade de leitura e escrita. Passando por um processo de reeducação, no entanto, os estudantes desenvolvem rotas alternativas de aprendizado. A demora no diagnóstico pode gerar comorbidades, como dislexia, TDAH e distúrbio do deficit de atenção.


Foco do problema:


O problema dos pacientes com DPAC não é no ouvido, mas no sistema nervoso central. O processamento do estímulo sonoro não é feito corretamente e a decodificação é lenta. Alteração no processo auditivo central descaracteriza a qualidade do som. Como consequência, a criança que está em processo de aquisição de linguagem sucumbe a essa dificuldade.


Diagnóstico:


Não há exames de imagem que aponte danos nos neurônios, por exemplo. Quando há sintomas que levem à suspeita do distúrbio, o indivíduo deve ser avaliado por um fonoaudiólogo que realizará testes especiais de audição e do processamento auditivo, para descartar outros problemas e consolidar o diagnóstico. Além disso, o neuropediatra faz uma investigação cerebral, a psicóloga, a avaliação mental e o psicopedagogo uma avaliação institucional junto à escola.


Tratamento:


O fonoaudiólogo é o profissional capacitado para reabilitar as habilidades auditivas, cruciais para a adequada alfabetização e desenvolvimento escolar  e o psicopedagogo ensina a criança a usar o que foi reabilitado. Além disso, o papel do professor é fundamental. O aluno com DPAC precisa sentar-se à frente na sala de aula. O professor deve articular devagar com esse estudante, falar olhando para ele, evitando que a criança fique dispersa ou hiperativa e torne-se um problema para a turma.

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