O que é?
O DPAC é um problema
reconhecido pela medicina há apenas 15 anos. O transtorno afeta a capacidade de
compreensão do indivíduo. A pessoa detecta os sons normalmente, mas não os
interpreta corretamente. Quando relegados à própria sorte, a alfabetização de crianças com esse distúrbio não é bem-sucedida, porque os estudantes não entendem o que o
professor fala, não são capazes de escrever, interpretar textos e compreender o
enunciado de problemas. No Brasil, pouquíssimos profissionais da saúde e da
educação estão capacitados a lidar com o problema, deixando as crianças reféns
da própria incapacidade e do desconhecimento alheio.
Sintomas:
Os principais sintomas
do DPAC são a dificuldade de memória de curto prazo, falta de entendimento,
pouca concentração e dificuldade ou incapacidade de leitura e escrita. Passando por um
processo de reeducação, no entanto, os estudantes desenvolvem rotas
alternativas de aprendizado. A demora no diagnóstico pode gerar comorbidades,
como dislexia, TDAH e distúrbio do deficit de atenção.
Foco do problema:
O problema dos pacientes com DPAC não é no
ouvido, mas no sistema nervoso central. O processamento do estímulo sonoro não
é feito corretamente e a decodificação é lenta. Alteração no processo auditivo central descaracteriza
a qualidade do som. Como consequência, a criança que está em processo de
aquisição de linguagem sucumbe a essa dificuldade.
Diagnóstico:
Não há exames de imagem
que aponte danos nos neurônios, por exemplo. Quando há sintomas que levem à suspeita do distúrbio, o indivíduo deve ser avaliado por um fonoaudiólogo que realizará testes especiais de audição e do processamento auditivo, para descartar outros problemas e consolidar o diagnóstico. Além disso, o neuropediatra faz uma investigação cerebral, a psicóloga, a avaliação mental e o psicopedagogo uma avaliação institucional junto à escola.
Tratamento:
O fonoaudiólogo é o profissional capacitado para reabilitar as habilidades auditivas, cruciais para a adequada alfabetização e desenvolvimento escolar e o psicopedagogo
ensina a criança a usar o que foi reabilitado. Além disso, o papel do professor é fundamental. O aluno com
DPAC precisa sentar-se à frente na sala de aula. O professor deve articular devagar com esse
estudante, falar olhando para ele, evitando que a criança fique dispersa ou hiperativa e torne-se um problema para a turma.
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